No mundo de hoje, Rota das especiarias assumiu um papel fundamental na nossa sociedade. Seja no campo da tecnologia, da política, da cultura ou de qualquer outro aspecto da vida, Rota das especiarias conseguiu captar a atenção de milhões de pessoas em todo o mundo. A sua influência tornou-se tão significativa que é impossível ignorar o seu impacto na forma como pensamos, agimos e vivemos. Neste artigo exploraremos em profundidade a importância e o papel que Rota das especiarias desempenha nas nossas vidas, bem como os desafios e benefícios que esta realidade traz.
As rotas das especiarias foram rotas comerciais geradas pelo comércio de especiarias provenientes da Ásia. Estas rotas remontam à antiguidade greco-romana interligando diversos povos ao longo do tempo, da Europa à Ásia. Ligando importantes pontos comerciais e cruzando grande parte do mundo então conhecido, as rotas de especiarias para a Europa foram sucessivamente dominadas por mercadores do norte de e do Médio Oriente, pela República de Veneza no Mediterrâneo e, mais tarde, pelos portugueses que, com a descoberta do caminho marítimo para a Índia iniciariam uma rota marítima alternativa. A rota do Cabo, contornando África, viria a ser explorada também pelos Holandeses, entre outras potências europeias.As rotas das especiarias passavam por vários intermediários antes de serem revendidos na europa medieval
As civilizações asiáticas desenvolveram o comércio de especiarias desde a antiguidade, e o mundo greco-romano deu-lhe continuidade, comerciando ao longo das chamadas "rota do incenso" e "rota romana da índia".
As rotas romanas da Índia beneficiaram da tecnologia marítima desenvolvida pela potência comercial do Reino de Axum (c. 400 a.C. a 1000 d.C.), pioneira na rota do Mar Vermelho antes do século I. Roma viria a relacionar-se com esta civilização em c. 30 a.C., partilhando o conhecimento até meados do século VII, quando os muçulmanos bloquearam as rotas terrestres de caravanas através do Egipto e do Suez, impedindo o acesso dos mercadores europeus a Axum e à Índia. Finalmente, os mercadores árabes assumiram o transporte de mercadorias para a Europa, através do Levante e dos comerciantes venezianos, até que, em 1453, a queda de Constantinopla provocou novo bloqueio da rota de comércio - agora, pelos turcos otomanos - o que aumentaria o custo já elevado das especiarias.
Um mercador de Lisboa descreve a rota das especiarias, antes da descoberta do caminho marítimo para a Índia:
Dos mercados de Veneza e Génova, eram espalhadas para toda a Europa estas especiarias, acrescidas imensamente no seu custo, e sem chegada garantida
As rotas terrestres iniciais viriam a ser substituídas por rotas marítimas, dando um enorme impulso no crescimento do comércio. Durante a Idade Média comerciantes muçulmanos dominaram as rotas marítimas de especiarias no oceano Índico, dominando áreas chave e enviando as especiarias da Índia para ocidente, através do Golfo Pérsico e do mar Vermelho, a partir de onde seguiam por terra para a Europa com enormes custos.
O comércio de especiarias seria um importante fator para o início Era dos Descobrimentos. Face ao custo das rotas convencionais, o proveito dos portugueses em estabelecer uma rota marítima - praticamente isenta de assaltos, apesar dos perigos no mar - mostrava-se recompensador e prometia um grande rendimento à Coroa. Portugal, que vinha avançando nos seus descobrimentos marítimos, iria ligar directamente as regiões produtoras das especiarias aos seus mercados na Europa. A rota marítima para a Índia contornando África, pelo Cabo da Boa Esperança, foi descoberta em 1497 por Vasco da Gama, e transformou-se em uma nova rota de comércio.
Este comércio - que moveria a economia mundial desde o fim da Idade Média até aos tempos modernos - marcaria a era de domínio europeu no Oriente.
Canais, como a Baía de Bengala, serviram de pontes para trocas culturais e comerciais entre diferentes culturas à medida que diferentes países procuraram ganhar controlo do comércio ao longo das muitas rotas. As rotas portuguesas foram limitadas pelos percursos, portos e nações difíceis de dominar. Mais tarde, os holandeses viriam a se tornar dominantes, conquistando território aos portugueses e fazendo a navegação directa desde o Cabo da Boa Esperança até ao estreito de Sunda, na Indonésia.