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Falcão com a Roma em 1983 | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Paulo Roberto Falcão | |
Data de nasc. | 16 de outubro de 1953 (70 anos) | |
Local de nasc. | Abelardo Luz, Santa Catarina, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Altura | 1,83 m | |
Pé | destro | |
Apelido | Rei de Roma | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | aposentado | |
Posição | volante | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1973–1980 1980–1985 1985–1986 |
Internacional Roma São Paulo |
153 (29) 15 (1) | 392 (76)
Seleção nacional | ||
1972 1976–1986 |
Brasil Sub-23 Brasil |
34 (7) | 12 (2)
Times/clubes que treinou | ||
1990–1991 1991–1993 1993 1994 2011 2012 2015–2016 2016 |
Brasil América Internacional Japão Internacional Bahia Sport Internacional |
51 14 10 19 36 34 5 | 17
Paulo Roberto Falcão (Abelardo Luz, 16 de outubro de 1953) é um ex-treinador, comentarista esportivo, jornalista, coordenador esportivo e ex-futebolista brasileiro que atuava como volante.
É tido como um dos maiores volantes da história da Seleção Brasileira e do futebol mundial; agregava técnica no drible, controle de bola e qualidade na finalização.
Notabilizou-se como o líder da vitoriosa trajetória do Internacional na década de 1970, com três conquistas do Campeonato Brasileiro, sendo um deles de forma invicta.
Estreou como jogador profissional no Internacional na década de 1970. Sempre destacou-se por jogar no meio-campo. Tecnicamente, era um meia-direita, mas jogava avançado e, rapidamente, destacou se pela grande quantidade de gols que marcava, comandando o Internacional na campanha em que o clube gaúcho conquistou os Campeonato Brasileiros de 1975, 1976 e 1979, além de ter ganho cinco estaduais (1973, 1974, 1975, 1976 e 1978). Jogador de técnica brilhante e de estilo clássico e elegante, é considerado até hoje um dos maiores ídolos da história do clube.
Estreou na Seleção Brasileira no dia 21 de fevereiro de 1976, em um jogo entre o Brasil e um combinado dos times de Brasília. Em 1978, durante um ano avassalador em que ganhou a Bola de Ouro, dada ao melhor jogador do Brasileirão daquele ano, era quase certo que Falcão seria convocado para jogar na Copa do Mundo na Argentina, principalmente por fazer parte de listas antigas. Em uma das convocações, o jogador se apresentou dois dias atrasado por problemas médicos e, após o jogo contra a Colômbia, Falcão relatou que teria acontecido uma discussão pesada, o que acarretou na sua exclusão da Seleção do treinador Cláudio Coutinho, que preferiu levar Chicão, do São Paulo.
No início da década de 1980 transferiu-se para a Roma, da Itália. Ajudou o time a conquistar o Scudetto, fato que não ocorria desde 1942; também comandou o time, ocasião em que ganhou a alcunha de "Rei de Roma" (e, na própria Itália, de Divino ou "o oitavo rei de Roma") foi comprado pela soma de um milhão e meio de dólares, em 10 de agosto, e permaneceu no clube até 1985. Apesar do excelente retrospecto nas equipes brasileiras, o jogador era quase desconhecido na Europa (nos últimos meses haviam sido anunciados para a Roma nomes de jogadores brasileiros muito mais conhecidos até então, como Zico ou Rivellino). Estreou com a camisa da Roma num amistoso contra o seu antigo time, disputado em 29 de agosto do mesmo ano, em que a Roma e o Internacional empataram em dois gols. Estreou no Campeonato Italiano em 19 de setembro, em jogo que a Roma venceu o Como por 1 a 0. Disputou um total de 107 jogos e marcou 22 gols. Os motivos para abandonar a equipe giallorossa foram atribuídos a divergências com o então presidente, Dino Viola. Deve-se salientar, no entanto, que a sua remuneração foi a mais alta paga até então para um jogador de futebol em Itália: mais de mil milhões de liras por ano.
Foi contratado pelo São Paulo em 1985, onde encerrou sua carreira como jogador no ano seguinte. Com a camisa do tricolor, conquistou o Campeonato Paulista de 1985.
O jogador representou o Brasil durante 10 anos, entre 1976 e 1986. No entanto, apesar de ter sido Bola de Prata em 1978, não foi chamado para a Copa do Mundo daquele ano e causou polêmica. Convocado após o Mundial, mas com poucas chances em campo pelo fato de Cláudio Coutinho não escalá-lo como titular, Falcão exigiu uma definição e foi dispensado. Quem lhe aconselhou a peitar o técnico foi Leão, que afirmou ter feito o mesmo com Zagallo na Copa do Mundo FIFA de 1974.
Em 1982, sob o comando de Telê Santana, fez parte da talentosa Seleção Brasileira que perdeu para a Itália na Copa do Mundo, numa célebre partida válida pelas quartas de final realizada no Estádio de Sarrià, em Barcelona, na Espanha. Além de Falcão, o elenco brasileiro contava com craques como Zico, Sócrates, Júnior e Cerezo.
Após a Copa do Mundo FIFA de 1990, recebeu um convite para treinar a Seleção Brasileira. Era o início de sua carreira como treinador, obtendo o vice-campeonato da Copa América de 1991, disputada no Chile. Mesmo encarando-se aquele como um trabalho de transição depois do fiasco da Copa de 1990, no qual não importariam tanto os títulos ou mesmo os resultados em si, mas sim a formação de uma nova equipe apta a disputar a Copa do Mundo FIFA de 1994, Falcão sofreu com a pressão após desempenhos considerados inexpressivos, combinada a uma forte cobrança por parte da imprensa, o que fez com que se afastasse do comando do time nacional ainda em 1991, sem completar um ano de trabalho.
Jogos no comando da Seleção Brasileira | ||||||
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# | Data | Local | Resultado | Adversário | Competição | Ref. |
1. | 12 de setembro de 1990 | El Molinón, Gijón, Espanha | 0–3 | Espanha | Amistoso | |
2. | 17 de outubro de 1990 | Estádio Nacional, Santiago, Chile | 0–0 | Chile | ||
3. | 8 de novembro de 1990 | Mangueirão, Belém, Brasil | 0–0 | Chile | ||
4. | 12 de dezembro de 1990 | Coliseum, Los Angeles, Estados Unidos | 0–0 | México | ||
5. | 27 de fevereiro de 1991 | Pedro Pedrossian, Campo Grande, Brasil | 1–1 | Paraguai | ||
6. | 27 de março de 1991 | José Amalfitani, Buenos Aires, Argentina | 3–3 | Argentina | ||
7. | 17 de abril de 1991 | Estádio do Café, Londrina, Brasil | 1–0 | Romênia | ||
8. | 28 de maio de 1991 | Parque do Sabiá, Uberlândia, Brasil | 3–0 | Bulgária | ||
9. | 27 de junho de 1991 | Pinheirão, Curitiba, Brasil | 1–1 | Argentina | ||
10. | 9 de julho de 1991 | Sausalito, Viña del Mar, Chile | 2–1 | Bolívia | Copa América de 1991 | |
11. | 11 de julho de 1991 | 1–1 | Uruguai | |||
12. | 13 de julho de 1991 | 0–2 | Colômbia | |||
13. | 15 de julho de 1991 | 3–1 | Equador | |||
14. | 17 de julho de 1991 | Estádio Nacional, Santiago, Chile | 2–3 | Argentina | ||
15. | 19 de julho de 1991 | 2–0 | Colômbia | |||
16. | 21 de julho de 1991 | 2–0 | Chile | |||
Legenda: Vitórias — Empates — Derrotas |
Como treinador do América do México, conquistou a Copa Interamericana em 1991 e a Copa dos Campeões da CONCACAF em 1992. Em 1993 assumiu pela primeira vez o comando do Internacional, time que o projetou como jogador profissional e onde é um dos maiores ídolos da torcida. Também esteve no comando da Seleção Japonesa entre 1994 e 1995.
Em abril de 2011, largou seus trabalhos na televisão e no rádio, e voltou a ser treinador de futebol, voltando a comandar o Internacional. Foi eliminado em casa pelo Peñarol nas oitavas-de-final da Copa Libertadores da América, mas levou o time a mais um título gaúcho, o seu primeiro como treinador do clube, superando o rival Grêmio após uma disputa por pênaltis. No dia 18 de julho, após apenas três meses no comando do Internacional, foi demitido pelo então presidente do clube, Giovanni Luigi, um dia após a derrota por 3 a 0 para o São Paulo, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Beira-Rio.
Foi anunciado como novo treinador do Bahia no dia 6 de fevereiro de 2012, substituindo Joel Santana, que havia acertado com o Flamengo. Sua estreia aconteceu exatamente no maior clássico da equipe, o Ba-Vi, onde Falcão reencontrou seu ex-companheiro de Seleção Brasileira, Toninho Cerezo, treinador do arquirrival Vitória. O clássico acabou empatado sem gols, porém a postura ofensiva apresentada pelo tricolor baiano na partida acabou por agradar a maior parte dos torcedores e da imprensa, obtendo, inclusive, uma grande série invicta e o melhor ataque do Brasil no início do comando. Entretanto, após iniciar o Campeonato Brasileiro com o clube na zona de rebaixamento, Paulo Roberto Falcão seria demitido do Bahia em 20 de julho, após uma derrota de 4 a 0 para o Fluminense.
Posteriormente, com o objetivo de se aprimorar como treinador de futebol, Falcão faz um intercâmbio no time italiano da Fiorentina e foi um dos fundadores da Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol (FBTF), em 2013.
Foi anunciado como treinador do Sport no dia 20 de setembro de 2015, substituindo Eduardo Baptista. Permaneceu até 18 de abril de 2016, quando foi demitido após a eliminação para o Campinense na semifinal da Copa do Nordeste.
No dia 12 de julho de 2016, o Internacional o contratou até julho de 2017. Em sua terceira passagem pelo clube, foi desligado com menos de um mês no cargo.
Foi anunciado como coordenador de futebol do Santos no dia 14 de novembro de 2022, assumindo um cargo entre a diretoria e a comissão técnica. Deixou o clube no dia 4 de agosto de 2023, após a divulgação de uma denúncia de importunação sexual.
Em 1990 comentou, ao lado de João Saldanha, a Copa do Mundo FIFA pela Rede Manchete.
Entre 1996 e 2010, atuou como contratado da TV Globo. Havia sido comentarista anteriormente na Rede Manchete, e teve também um programa semanal de entrevistas na Rádio Gaúcha.
Clube | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas |
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Brasil | 17 | 6 | 7 | 4 |
América-MEX | 51 | 20 | 14 | 17 |
Japão | 9 | 3 | 4 | 2 |
Internacional | 38 | 13 | 11 | 14 |
Bahia | 36 | 16 | 10 | 10 |
Sport | 34 | 17 | 6 | 11 |
Casou no final de 2003 com a jornalista Cristina Ranzolin, apresentadora do Jornal do Almoço, e que por três anos e meio apresentou o Jornal Hoje. Os dois têm uma filha, a atriz Antônia Ranzolin Falcão, nascida no ano seguinte (2004).
Um livro sobre Falcão já foi lançado, Histórias da Bola, que traz depoimentos do ex-futebolista ao jornalista Nilson Souza. Ele conta episódios de sua vida como jogador de futebol. A primeira edição foi lançada em 1996.
Precedido por Sebastião Lazaroni |
Treinador da Seleção Brasileira 1991 |
Sucedido por Ernesto Paulo |
Precedido por Ênio Andrade Celso Roth Argel Fuchs |
Treinador do Internacional 1993 2011 2016 |
Sucedido por Procópio Cardoso Dorival Júnior Celso Roth |
Precedido por Joel Santana |
Treinador do Bahia 2012 |
Sucedido por Caio Júnior |
Precedido por Eduardo Baptista |
Treinador do Sport 2015–2016 |
Sucedido por Oswaldo de Oliveira |