País subdesenvolvido, país menos avançado ou país menos desenvolvido (LDCs sigla em inglês: Least Developed Countries) são países que, de acordo com a Organização das Nações Unidas, apresentam os mais baixos indicadores de desenvolvimento socioeconômico e humano entre todos os países do mundo. Um país é classificado como um país menos desenvolvido se preencher três critérios com base em:
Os países podem sair da classificação de LDC quando excederem esses critérios. O Escritório do Alto Representante das Nações Unidas para os Países Menos Desenvolvidos, Países em Desenvolvimento sem litoral e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento das Nações Unidas coordena e fornece suporte para serviços de advocacia aos Países Menos Desenvolvidos. A classificação atualmente aplica-se a 46 países em todo o planeta.
Os três critérios (ativos humanos, vulnerabilidade econômica e renda nacional bruta per capita) são avaliados pelo Comitê de Política de Desenvolvimento a cada três anos. Os países devem atender a dois dos três critérios em duas avaliações trienais consecutivas para serem considerados para a graduação. O Comitê de Política de Desenvolvimento envia suas recomendações para endosso ao Conselho Econômico e Social (ECOSOC).
Desde o surgimento da categoria LDC, uma região e seis países graduaram para países em desenvolvimento. O primeiro país a graduar foi o Botsuana em 1994. O segundo país foi o Cabo Verde em 2007. Maldivas graduou-se para país em desenvolvimento no dia 1 de janeiro de 2011, Samoa graduou em 2014, a Guiné Equatorial em 2017, Vanuatu em dezembro de 2020, o Butão no dia 13 de dezembro de 2023 e São Tomé e Príncipe no dia 13 de dezembro de 2024.
Nepal foi selecionado para ser considerado país em desenvolvimento em 2018, no entanto, as autoridades nepalesas solicitaram o adiamento da classificação, na qual ocorrerá em novembro de 2026; esperava-se que Angola se formasse em 2021, mas o período preparatório foi prolongado por mais três anos devido às dificuldades econômicas do país e à sua dependência de commodities, então sua formatura foi adiada para dezembro de 2023, mas passado o prazo, não existe nenhum cronograma específico. Bangladesh atendeu aos critérios de graduação da classificação pela primeira vez em 2018 e completou os critérios em 2021, porém irá se formar em 2026, dois anos a mais que o previsto pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas devido à pandemia da COVID-19; o Laos irá se graduar em novembro de 2026; as Ilhas Salomão irão deixar a categoria em dezembro de 2027; o Senegal deixará a lista em dezembro de 2029 e o Camboja também deve se graduar do status, mas em dezembro de 2029. Em 2024, Ruanda, Uganda e Tanzânia cumpriram os critérios de graduação pela primeira vez durante o biênio 2023-2024, o que demonstra que também será recomendada a formatura destes lugares para o ano de 2027. Nesse mesmo período, Comores e Myanmar atenderam aos critérios de graduação pelo menos duas vezes, recebendo então recomendações para saírem da classificação em 2027. Djibuti, Kiribati e Tuvalu se aproximam de cumprir as metas para sair da lista e poderão deixar o status, pelo menos, em 2027
De acordo com o LDC Portal - International Support Measures for Least Developed Countries (em português: Portal LDC - Medidas de Apoio Internacional para Países Menos Desenvolvidos), do site da própria ONU, outros países que se aproximam da graduação além dos que já estão oficialmente na lista são: Comores, Djibuti, Kiribati, Myanmar, Senegal, Timor-Leste, Tuvalu e Zâmbia.
Além desses países, há outras localidades que já atingiram algum critério para se graduar da classificação e estão elegíveis para sair da mesma até o ano de 2024, que são o caso de Djibuti e Myanmar e era o caso do Afeganistão antes da conquista talibã no país em agosto de 2021.
Em negrito, países nas quais a saída da categoria está prevista para os próximos anos.
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